Presidente da CNTE afirma que não basta estudantes brasileiros passarem mais tempo na escola

por Sofia krause
Durando o segundo dia de debates no encontro internacional Educação: uma Agenda Urgente, realizado nesta terça-feira, em Brasília, o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Franklin, criticou o aumento do número de dias letivos de 800 para 960 horas a duração do ano letivo, proposta anunciad ontem pelo Ministro da Educação, Fernando Haddad.

Ele di sse que a categoria não foi consultada. “Não adianta simplesmente aumentar o número de horas sem ter uma proposta, um projeto, um programa”, defende. “Já tivemos experiência parecidas onde se criou supostamente uma escola de tempo integral, mas não se criou um projeto. Não deu certo.”.

Questionado se seria melhor aumentar a carga horária ou o aumento de dias letivos – hoje estabelecido em 200 dias – Flanklin defende o modelo de escola integral. “Seria um passo importante . É, inclusive, uma das propostas do PNE”, diz. “No entanto, temos que ver como as escolas vão se organizar, porque em um país de dimensões como o Brasil, as propostas são muito diferentes.” Outro problema levantad o pelo dirigente da CNTE é como serão gerenciadas as férias dos professores.

“Nós defendemos trinta dias de férias, o que qualquer trabalhador desse pais quer, a própria CLT garante isso”. O número de professores também é alvo de preocupação. Segundo Franklin, a jornada semanal de um profissional da área costuma ser de 40 horas e não haveria como aumentar o número mantendo o mesmo número de professores. “A jornada do aluno é uma, a jornada do professor é outra. O professor quer uma jornada de 30 horas”.